terça-feira, 19 de outubro de 2010

A evangelização é um dom de Deus

A evangelização é dom de Deus, mas, como qualquer obra séria na Igreja, exige esforço e sacrifício. Diante de suas exigências, há sempre o risco de respostas extremadas como o comodismo e o ativismo. Há sempre aquelas pessoas que ao perceberem a própria impotência ante a necessidade de evangelizar um mundo secularizado desanimam e caem no comodismo deixando todo o trabalho para os outros. No outro extremo, encontram-se aquelas que se atiram num ativismo desenfreado e estéril que aos poucos lhes vai minando o contato com a fonte da palavra e de sua eficácia. Seja pelo comodismo seja pelo ativismo, esses excessos tendem a encaminhar a ação evangelizadora para o mesmo destino: o fracasso.

A evangelização precisa brotar da oração e dela se alimentar, senão, torna-se vazia. Não que venha a faltar o que dizer; pelo contrário, quanto menos o homem se recolhe na presença de Deus para orar, mais se inclina a falatórios. Sem oração, multiplicam-se os discursos cheios de palavras vazias, pululam as falas estéreis que não atingem o coração de ninguém, não chamam à conversão, não edificam nem o homem nem a comunidade.

Com o excepcional desenvolvimento dos meios de comunicação, o mundo se encontra saturado de palavras vãs. Não precisa que também do seio da Igreja lhe saia mais um discurso estéril que se lhe venha acrescentar. Ao contrário, necessita de um anúncio que rompa a narcose em que se encontra devido à descarga de informações com que é bombardeado. Apenas uma evangelização profética pode devolver ao mundo essa sobriedade e proporcionar-lhe esse despertar para a verdade. A profecia é a alma da evangelização. Ela não é fruto de elaborações humanas, sua inspiração nasce do relacionamento íntimo com Deus na oração.

O que acontece de tão importante na oração a ponto de mudar assim a índole de uma mensagem? Acontece que o ser humano reconhece a primazia de Deus, reconhece sua autoridade e sua força, e colocando-se em oração submete-se ao Espírito Santo. Essa postura lhe permite experimentar que Deus dá sua graça aos humildes. Aliás, Deus só pode revestir de seu poder quem humildemente aceita o seu querer. É na oração que o ser humano se abre à repleção do Espírito.

http://blog.cancaonova.com/marciomendes/2009/04/

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